sábado, 20 de setembro de 2008

Vivemos enclausurados dentro de um aquário. E esta água, esta humidade que se me cola ao corpo, este não poder respirar, sufoca-me. Foi no momento que abandonei o ventre materno que para sempre renunciei à água. Então, o que faço aqui? Este ar líquido não me faz bem.
Dizes-me que sonhas com um fast car que te permita fugir daqui para fora. Digo-te que esse bólide está dentro das nossas cabeças. E o desejo de partir também está gravado no meu peito. Largar tudo, T-U-D-O!, e não olhar para trás. É fundamental não olhar para trás.
A Felicidade e a Estabilidade não se conhecem: nem sequer são primos afastados - são eternos estranhos. E urge fugir da Estabilidade, é crucial abandonar e renunciar àquilo que nos é imposto.
Começa já, J-Á!, a falar com desconhecidos e a aceitar coisas de estranhos. É aí que mora a felicidade. Se tens alguma dúvida, dá-me a tua mão, escuta com atenção a música que ecoa repetidamente dentro da minha cabeça (é fácil se encostares o teu ouvido ao meu peito), corre como se não houvesse amanhã e não olhes para trás – NUNCA OLHES PARA TRÁS!

Sem comentários: